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quarta-feira, 12 de outubro de 2011





Hoje mais cedo no transporte publico, vi uma senhora. Que tinha em seu rosto um amontoado de rugas trazidas pelo tempo, parecia ser uma pessoa muito humilde e nada lúcida. Seu cabelo era bonito, já branquinho e em perfeita ordem. Ela carregava tudo o que normalmente se vê na mão de pessoas mais velhas, uma sacolinha de mercado e o bom e velho guarda-chuva que mais serve para cutucar o chão do que para proteger de um temporal. Fiquei observando ela por um bom tempo, seus olhos se abriam e fechavam como quem leva um susto, qualquer um que olhava diria que era louca ou algo do gênero por que quando abria os olhos fazia que sim com a cabeça olhando para o vidro da janela. Não sei o que vi de tão especial nela, para observar cada gesto que fazia. Talvez seja a vontade de ter uma avó como aquela senhora, vontade de rir de suas loucuras ou fazer passeios pelo centro da cidade logo pela manhã. Muitas vezes por vermos alguém saindo um pouco da casa da lucidez chamamos de velhos ou de malucos, mas se observarmos bem o traço das pessoas nos importam muito mais do que simples loucuras e por mais louca que era ainda a queria ao meu lado, aposto que por traz daquela face cansada existem  histórias incríveis.


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